Dom Fernando recebendo a Venera e o Diploma do GPTB-CESJB das mãos do GP e Mestre Templário Albino Neves
Criada em Jerusalém, no ano de 1.118, a Ordem dos Cavaleiros Templários e do Templo de Salomão teve como seu primeiro Grão-Mestre Hugo de Payens - Huguens de Payns - (1118-1136) e, a partir dele, teve outros 22 Grãos - Mestres até o assassinato de Jacques Bernard de Molay, em 1314. No período Larmenius de 1314 a 1804, teve outros 22 Grãos – Mestres e dois Regentes e, no período Palaprat de 1804 até este ano de 2018, quando a Ordem completa 900 anos de existência, teve outros 18 Regentes, sendo o atual Grão-Mestre Don Fernando Campello Pinto Pereira de Sousa Fontes, que Governa a Ordem do Templo desde 1960, em 77 países do mundo, através da Ordo Supremus Militares Templi Hierosolymitani – OSMTH Magnum Magisterium, com sede na cidade do Porto, em Portugal.
Dom Fernando é o sucessor de seu pai o Regent Antonio Campello Pinto de Souza Fontes que dirigiu a Ordem de 1942 até 1960, tendo recebido a mesma do Regent Emile-Clément-Joseph Vandenberg que dirigiu a Ordem de 1935 a 1942.
Joseph Vandenberg transferiu a direção da Ordem Templo com todo o seu acervo para Antonio Fontes, ao que tudo indica, pela sua descendência com os reis da Escócia e de Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal, desta feita como sinal de reconhecimento da importância de Portugal e da família para a história da Ordem do Templo.
O Rei de Portugal e do Algarve, Dom Diniz O Lavrador mesmo “obedecendo” a Bula papal que determinava o confisco dos bens Templários, em 1309, assinou, juntamente com Fernando IV, Rei de Castela, um tratado que assegurava para os respectivos países os bens dos Templários, através de uma aliança recíproca dando tempo dos Templários se refugiarem.
Em 1319, Dom Dinis criou a Ordem de Cristo, a qual foi devidamente legalizada através da Bula Papal “Ad ea ex quibus”, assinada pelo Papa João XXII. Desta forma, Dom Dinis transferiu para a Ordem de Cristo muito do patrimônio Templário e nela também abrigou os próprios Cavaleiros da Ordem do Templo.
Portugal sempre manteve um forte vínculo com a Ordem do Templo, haja vista que o primeiro Rei de Portugal foi o Templário Dom Afonso Henriques.
Muitas das descobertas feitas por Portugal, no período dos descobrimentos foram patrocinadas com dinheiro e a experiência em navegação da Ordem do Templo.
Seguindo os passos de seu pai Antonio Fontes, o Grão-Mestre Dom Fernando desde que assumiu a direção mundial da Ordem tem se preocupado e trabalhado para garantir a proteção dos documentos e da história da Ordem quer através da Coletânea “Archivun Ordinis Templi” a qual é enviada para todos os países vinculados à OSMTH-Magnum Magisterium, quer através do acervo devidamente preservado na sede da Ordem.
Aos 89 anos, Dom Fernando de Sousa Fontes, mantém-se lúcido e, sempre preocupado com o destino de todo acervo da Ordem após ter que transferir o Grão-Mestrado ao seu sucessor e/ou sucessora.
O fato é que quem vier a suceder a Dom Fernando, deverá abrigar todo acervo da Ordem em local apropriado, de preferência, em um Museu, onde poderão ficar expostos todo o acervo público da Ordem do Templo, haja vista, que este faz parte da história de Portugal e da Ordem em todo o mundo.
Outra preocupação que deverá ter o sucessor de Dom Fernando é com relação ao acervo de materiais reservados da Ordem, os quais possuem a relação dos Templários em todo o mundo, “inclusive do Brasil e de Portugal”, lembra o Mestre Templário Fr.++ Albino Neves, nomeado para o cargo em dezembro de 2017 por Dom Fernando.
Segundo o Mestre existe uma necessidade de unificar os ritos e trabalhos realizados nas Comendadorias, Priorados e Grão Priorados, “desta forma, independente do Continente e do País a que pertença, qualquer Templário ao participar de uma reunião Capitular, Assembleia e/ou Iniciação saberá o porquê da disposição de cada fração dentro do processo”, além do mais, lembra o Mestre Albino Neves “estas são condições fundamentais para facilitar a união Templária mundial e o próprio reconhecimento Papal”.
Para o Mestre da Ordem do Templo no Brasil, “ser Templário é muito mais do que vestir-se como tal, ou mesmo, trazer o peito carregado de medalhas”.
Neste ano em que a Ordem completa 900 anos de existência, faz-se necessário fortalecer seus princípios básicos e ousar nas tomadas de decisões “e, pelo que temos conversado com o Grão-Mestre Dom Fernando, tal preocupação faz parte da preparação do processo sucessório”, lembrou o Mestre Templário que, recentemente, passou quase dois meses na cidade do Porto, em Portugal e, manteve vários encontros com Dom Fernando.
No Brasil, as comemorações dos 900 anos da Ordem do Templo, acontecerão no Complexo Templário Jacques De Molay, sede do Gran Priorato Templário do Brasil – Cavalaria Espiritual São João Batista nos dias 21, 22, 23 e 24 de junho, por ocasião em que se comemora a festa em homenagem ao Padroeiro da Ordem e do GPTB-CESJB, uma das três festas comemoradas pela Ordem do Templo, as outras duas são em homenagem à São Bernardo e à São João Evangelista. A previsão é que durante as comemorações dos 900 anos da Ordem estejam presentes Cavaleiros e Damas do Templo de todas as Comendadorias de Norte a Sul do Brasil que estão vinculadas ao Gran Priorato, além de outros convidados de dentro e fora do Brasil conforme foi acordado com o próprio Grão-Mestre em janeiro desde ano.