Salomão, Histórias, Mitos e Lendas...

Estrela de cinco pontas ou Pentagrama era um símbolo do Rei Salomão.

Salomão é o nome mais respeitado que existe no seio de um imenso número de religiões, seitas e Sociedades Secretas.

Por que Salomão se tornou tão importante perante tão heterogêneos sistemas místico-religiosos?

Por que tantas linhas de pensamentos, muitas vezes bem diferentes confluem até Salomão?

Quando se fala de Salomão, torna-se muito difícil separar o que é verdade do que é lenda. Sendo assim, se torna quase impossível se estabelecer os limites onde termina a verdade histórica e onde começa a lenda.

Quando Davi estava avançado em idade, ele ansiava por cumprir uma promessa que não era somente dele, mas, também, de todo o povo hebreu: Edificar um grande templo dedicado ao deus de Abraão e que ele próprio não pudera construir, em virtude das inúmeras guerras com que se ocupou em todos os anos de sua vida.

Para que tenhamos uma melhor compreensão é oportuna uma comparação entre acontecimentos relatados na Bíblia, com os que são citados no Alcorão, livro sagrado dos islamitas, e ligados ao Rei Salomão, para que se tenha conhecimento de muitos pontos que são obscuros numa tradição e bastante clara na outra.

Embora não esteja relatado na Bíblia, mesmo assim é verdade, que Salomão quando da velhice de seu Pai Davi, não estava presente na Palestina. Ele, segundo algumas informações contidas em documentos particulares de algumas ordens Iniciáticas, estava no Egito, para onde fora a fim de tomar conhecimento de como estavam sendo dirigidas as Escolas Iniciáticas, e sobre a natureza de que, e de como, estava sendo ensinado lá, pois, isso dizia respeito diretamente à sua principal missão na terra.

Salomão tinha como primeiro objetivo expurgar as influências do lado negativo dentro das fontes de conhecimento de então. Sabe-se que em Memphis, Salomão foi iniciado nos GRANDES MISTÉRIOS egípcios, numa Escola ligada diretamente à Grande Fraternidade Branca, naquela época, sediada no Egito. Com a aproximação da morte de David, Salomão foi chamado do Egito e quanto chegou à Palestina o seu irmão Adonias estava praticamente no poder.

A Bíblia não traz referências quanto à vivência de Salomão no Egito. Aquele livro apenas cita que ele desposou uma filha do Faraó (Reis I 3-1). Também em Reis 14.29 e seguintes é citado que a sabedoria de Salomão era maior do que a sabedoria de todos os reis do Oriente e do que a sabedoria dos egípcios. Vê-se que Salomão estava de alguma forma ligado a várias fontes de conhecimentos, especialmente aos conhecimentos dos egípcios.

Quando Salomão esteve no Egito haviam transcorrido cerca de 482 anos desde a partida dos hebreus do Egito, quando eles trouxeram grandes conhecimentos secretos, razão da contraordem dada pelo Faraó para deter o êxodo.

A sabedoria de Salomão derivava das próprias tradições de seu povo, mas, então aquela sabedoria havia não apenas sido em parte esquecida, mas principalmente adulterada pela Conjura e por influência da natureza negativa, tendo à frente Jehová. Naquele período, as Escolas de Mistérios ainda estavam muito ativas e possuindo muito sabedoria. Fato a isso Salomão foi enviado ao Egito a fim de se inteirar do como as verdades estavam sendo guardadas e ensinadas.

Salomão mostrou ser uma pessoa de sabedoria incrível. Conhecia todos os segredos da história da humanidade, dominava todos os conhecimentos da sua época bem como do passado. Não era uma pessoa comum e nem "santa" segundo os atributos dos santos da Igreja Católica. Essencialmente era uma pessoa sábia, de consciência clara, portanto.

Na primeira fase de sua vida pública, o que ele tinha de especial era um conhecimento imenso, algo fora do comum, estava infinitamente adiante dos demais seres de sua época. O que havia nele de especial era o saber e não um caráter de bondade piegas. Foi aquele jovem rei Salomão a quem Davi deu a incumbência de construir um templo onde deveriam ser guardadas a Arca da Aliança, juntamente com as Tábuas da Lei.

A Maçonaria explica de forma muito especial e detalhada as diferentes etapas da construção daquele templo e praticamente baseia a sua ritualística nele. No que diz respeito a Salomão haver construído um templo o qual era um compromisso do povo hebreu para com Jehová é mais um paradoxo, pois se Salomão tinha conhecimentos da infiltração do lado negativo da natureza no seio da cultura e da religião hebraica, por qual razão Ele tomou construir aquele templo? Sendo Salomão sabedor da natureza de Jehová, não é fácil se entender como Ele se dedicou àquela construção.

Se Salomão não empreendesse a construção do templo, os hebreus continuariam inabalavelmente no propósito de construí-lo, mais cedo ou mais tarde. Assim sendo, Salomão preteriu ele mesmo empreender aquela obra.

Construindo o templo, Salomão poderia dar-lhe um outro destino e foi assim que aconteceu. Por um lado, ele atendeu aos anseios do povo, enquanto que por outro lado, ele deu-lhe um objetivo bem diferente. Seguiu as especificações técnicas e arquitetônicas, mas a destinação prática dada, foi bem diferente. O templo não era apenas um local de acendimento religioso, mas, sim, uma verdadeira universidade apta a funcionar essencialmente como uma Escola de Mistérios, semelhante àquelas que existiam no Egito Antigo.

Levado pelo seu imenso saber, e especialmente por haver sido membro destacado das Escolas de Mistérios no Egito, o rei Salomão construiu o Templo de Jerusalém de maneira a funcionar como uma Escola de Saber Oculto e não apenas uma casa de devoção a Jehová.

Salomão, o Rei de maior sabedoria entre todos os reis... Qual o imenso saber de Salomão? - Ele foi um INICIADO nos Mistérios Menores e Maiores da Escola Iniciativa de Memphis no Egito. Os Mistérios menores envolviam todos os conhecimentos históricos e científicos da humanidade, mas somente com os Mistérios Maiores é que o postulante aprendia o domínio da mente.

Além do conhecimento já existente nas Escolas de Mistérios de Memphis, Salomão dominava magistralmente os ensinamentos da Cabala Hebraica e especialmente pelo Seu saber inato, saber que Ele tinha em si mesmo, que trazia consigo mesmo, pois sua consciência era uma projeção da Consciência Cósmica na terra. Foi exatamente essa capacidade natural o que motivou o seu Pai Davi a enviá-lo para o Egito afim de melhor tomar ciência do que estava sendo ensinado lá e assim ele, com mais habilidade, pudesse sucedê-lo como rei de Israel, mesmo que tal atitude viesse a ferir o direito de progenitura de Adonias.

Adonias não tinha propensão para o saber oculto, era um espírito sem desenvolvimento algum, por isto nos bastidores da Conjura ele era o tipo ideal para governante.

Jamais alguém como Salomão poderia ser aceito pela força negativa. Naquela disputa entre Adonias e Salomão, na realidade por detrás havia um jogo tremendo entre os OBSCURANTISTAS, os INICIÁTICOS, e especialmente a FORÇA NEGATIVA. Exatamente por ser detentor de conhecimentos ocultos, especialmente aqueles ligados à Cabala, Salomão foi aceito como o protetor dos magos. É tido como o rei da magia, das ciências ocultas, do hermetismo, etc. Através desses conhecimentos ele se impõe aos cultivadores das doutrinas secretas, das diferentes formas de magia, dos Templários e de quase todas as saciedades e doutrinas secretas do ocidente.

Como um dos principais reis de Israel ele chegou a ponto das grandes religiões do ocidente como o Islamismo e muitas Igrejas Cristãs, tê-lo no mais elevado conceito. Dizem os cabalistas que Salomão foi o maior dentre os maiores conhecedores dessa ciência. Ele detinha, segundo todas as fontes de informações, um poder incrível sobre as forças da natureza. Assim o grande poder de Salomão dominava todos os gênios da natureza.

Diz a tradição que Ele impunha a sua vontade sobre todos os "demônios" ( Não cabe aqui discutir se os gênios, anjos, demônios, Djins, elementares e outras formas de existência são reais ou imaginários). Essas entidades são citadas para justificar o porquê de Salomão ser reconhecido simultaneamente por cristãos, magos, feiticeiros, cabalistas, místicos, etc. SALOMÃO é respeitado pelos magos e feiticeiros de todos os tempos. O seu nome aparece nos livros sagrados dos cristãos tanto quanto nos islamitas, ou nos tratados de magia branca, assim como de magia negra; nos livros Templários, de Maçonaria e nos de inúmeras outras ordens iniciáticas e sociedades secretas.

Somente se entendendo a problemática da humanidade, no que diz respeito aos obscurantistas, e aos iniciáticos é que se pode tirar as dúvidas, afastar as desconfianças, do contrário, se torna decepcionante ver o nome de Salomão ligada à seitas demoníacas, e a muitas formas de conhecimento oculto.

Passemos às lendas, aos mitos, e à algumas estórias verdadeiras ligadas a Salomão.

O grande Rei, dizem, era detentor de um anel mágico, um anel cabalístico que Lhe dava poderes maravilhosos, e no que existia desenhado o famoso SÍMBOLO DE SALOMÃO, também conhecido por SIGNO SALOMÃO por haver sido usado pelo Rei como sinete com o qual eram autenticados os documentos. Ainda existem alguns daqueles documentos autenticados com o anel de Salomão em arquivos de sociedades secretas e mesmo em museus. O anel de Salomão era um talismã valiosíssimo com o qual Salomão submetia à sua vontade todos os gênios e demônios.

Salomão na construção do templo invocou o auxílio dos "gênios" graças aos poderes cabalísticos que possuía. Assim os gênios se submeteram a vontade de Salomão e foram obrigados a trabalhar como escravos. Mesmo estando sendo construído por gênios, Salomão tinha o sossego quebrado pelos ruídos da lapidação das pedras, pelo ajustamento dos blocos nas paredes. Incomodado por isso o rei indagou dos "gênios" se aquele trabalho não poderia ser feito em silêncio e assim exigiu que a obra fosse trabalhada sem ruído algum. Os "gênios" disseram que tal era impossível para eles, mas que existia um "gênio" que tinha tal conhecimento, mas que fugira à convocação de Salomão. Este, por meio de processo mágico localizou o "gênio" rebelde e usando o poder do seu anel submeteu-o e este teve de explicar a maneira como trabalhar a pedra em silêncio. O gênio foi obrigado a revelar aquele segredo dizendo: "Oh Rei. Cobre o ninho daquele corvo com uma campânula de pedra e descobrirás aquilo que desejas". Salomão assim procedeu e verificou que o corvo ao regressar para o ninho havendo encontrado os ovos cobertos voou e regressou depois trazendo um certo tipo de erva que depositou sobre a campânula de pedra sob a qual estavam os ovos. A erva foi libertando seiva e esta amoleceu completamente a pedra e assim o corvo conseguiu com o bico libertar os ovos. Imediatamente o Rei ordenou que aquela seiva fosse utilizada para tornar os blocos de pedra amolecidos e assim tudo pode ser construído em silêncio. Depois dos blocos cortados, moldados, e ajustados novamente eram solidificados. Isto por certo é uma das lendas sobre Salomão, mas na verdade o Rei tinha conhecimento do como amolecer a pedra, pois a técnica de amolecimento da pedra é uma realidade, mas que na história de Salomão aparece em uma forma lendária.

Sobre esse mito repousa uma grande verdade, tanto a técnica de amolecimento de rocha existia no passado como também o Rei submeteu muitos "gênios" da natureza, especialmente "gênios" servidores da força negativa. Com certeza Salomão não aprendeu a amolecer pedra da maneira como diz a lenda, mas sendo detentor de Consciência Cósmica ele sabia de todas as técnicas e ciências, sem falar nos conhecimentos a que teve acessos nas Escolas de Mistérios, nas fontes de conhecimento do Egito desde que aquela técnica foi amplamente empregada na construção das grandes construções do Egito e oriundos da Atlântida. Este é um dos grandes segredos da antiguidade e que explica os grandes paradoxos das construções megalíticas da pré-história. Assim se pode saber como os egípcios que só dispunham de serra e brocas de bronze podiam executar monumental trabalho em pedras.

Não são apenas as lendas islamitas, Templárias e maçônicas que falam da construção do Templo de Salomão. Existem inúmeras outras que se completam e cada uma guarda em si ensinamentos vários, e lições morais interessantíssimas. Com o término da construção do templo Salomão cumpriu a promessa feita pelo seu Pai Davi e paralelamente o povo hebreu cumpriu a promessa feita a Jehová.

Durante a construção Salomão começou a fazer ver que uma obra arquitetônica muito bem pode simbolizar a via de desenvolvimento e evolutiva de uma pessoa humana. Tudo pode ser construído, moldado, lapidado, polido, e ajustado na vida do ser humano, tal qual numa edificação de pedras. Assim, a construção moral do ser pode ser simbolizada pela construção de um edifício material. Mas, a construção do ser humano em suas qualidades espirituais é uma obra mais grandiosa que qualquer templo material, algo bem mais imperecível, pois que jamais pode ser destruída. Assim Salomão estabeleceu as bases de uma nova ordem social, utilizando para a construção desse homem novo, as mesmas bases que fora empregada para a edificação do templo e assim criou uma Escola Iniciática em que as pessoas eram distribuídas em três graus tal como os obreiros eram classificados na construção do templo material.

A estrutura física do edifício do Templo de Jerusalém não condiz de forma alguma com as linhas clássicas de um templo religioso e sim com as de uma universidade. Com a criação daquele templo destinado ao aperfeiçoamento do ser humano o Rei Salomão quis criar algo eterno, um templo imaterial para que o homem pudesse se desenvolver e evoluir em saber. Para que ele pudesse ascender no cumprimento daquilo para o que está destinado, o desenvolvimento cósmico de sua natureza. O templo material poderia ser o cumprimento de uma promessa feita pelo povo hebreu àquele ser que se intitulava Jeová, o Senhor dos exércitos, mas o imaterial, a Escola Arcana de Sabedoria, esta visava homenagear o Ser Superior, à Consciência Cósmica, Supremo Criador de todas as leis universais, Criador de bilhões de sistemas plenos de vida. A Este, o rei Salomão dedicou paralelamente não apenas um templo material, mas, uma escola de mistérios, em termos atuais.

Nas Escolas de mistérios e no Templo de Salomão se aprendia muito sobre ciências altamente adiante da época. Lendo-se os antigos filósofos vemos claramente que eles conheciam muitos princípios científicos atuais. Por exemplo, a ideia de que a matéria era constituída de estrutura que os gregos chamaram átomos e cujo enunciado é atribuído a Demócrito, a Leucipo e a Epícuro, na realidade a ideia não partiu daqueles filósofos. Demócrito recebeu-a de Moschus, o Fenício, a informação precisa de que o átomo era indivisível (quimicamente). Segundo Tales de Mileto e Anaxímenes, a Via Láctea era constituída de estrelas. Galileu confessou claramente que suas afirmativas a respeito do movimento da terra ele a colhera dos antigos. Copérnico, considerado o criador da teoria heliocêntrica, no prefácio de sua obra dedicada ao Papa Paulo III, diz textualmente que descobriu o movimento da terra nos escritos dos antigos.
Como Salomão esteve ligado a diversas fontes que tinham esse tipo de conhecimento é de se admitir que ele tinha pleno conhecimento, um conhecimento abrangente de tudo quanto havia naquela época. Atualmente é que no templo de Jerusalém havia algum instrumento igual ou equivalente aos atuais para-raios.

Foi nos escombros do templo construído pelo Rei Salomão que os Templários viveram durante nove anos e onde em seus labirintos secretos retirou muitos dos ensinamentos que vem sendo utilizados por figuras ilustres da Ordem e que ainda hoje chegam aos que direcionam suas buscas aos grandes mistérios da Consciência Cósmica.